segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Resumo de História AV2 3º Trimestre

Ooi pessoal! Essa prova, na minha opinião, vai estar meio difícil, porque tem bastante matéria, então, estudem bastante. Faltou um critério, mas amanhã eu posto.


História
1.       Caracterizar a constituição de 1824:
A ideia de dividir o poder de igual para igual com o Parlamento não agradou a D. Pedro I, o que gerou conflitos entre a Assembleia e o imperador. Centralizando o poder, ele dissolveu a Assembleia Constituinte e encarregou o Conselho de Estado, composto por portugueses residentes no Brasil, de elaborar uma nova Constituição em esquema de urgência. Em março de 1824, foi outorgada pelo imperador a primeira Constituição do país, que vigorou até o final do período imperial.
A carta de 1824 estabelecia como forma de governo uma monarquia hereditária constitucional e representativa. Foram estabelecidos os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e o Poder Moderador, exercido pelo imperador e que lhe garantia meios de interferir nos demais.
O legislativo foi dividido em Senado, cujos membros eram escolhidos pelo imperador e tinham mantado vitalício (dura por toda a vida da pessoa), além da Câmara dos Deputados, que era eleita por quatro anos, mas podia ser dissolvida pelo imperador.
O Judiciário manteve-se em vigor a legislação portuguesa. Os cidadãos tinham certos direitos assegurados, como igualdade perante a lei, liberdade de religião e de manifestação de pensamento e escrita.

2.       Caracterizar a Confederação do Equador, de modo a reconhecer suas motivações e resultados:
Os rumos tomados pela política brasileira a partir da Constituição de 1824 desagradam a vários setores. Além das lutas contra a independência que se estenderam por certo tempo, houve novo conflito no Nordeste. Naquela época, a região passava por uma grave crise na agricultura, e ali explodiu um movimento contra as atitudes tomadas por D. Pedro I.
Entre os líderes do movimento, havia proprietários de terras, profissionais liberais como jornalistas e advogados, militares e religiosos.
Em 2 de julho de 1824, os revolucionários proclamaram, em Pernambuco, a Confederação do Equador. Pretendiam organizar um governo republicano, incluindo as províncias de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
A cada dia um número maior de indivíduos, originados das camadas menos favorecidas da população, aderia à causa republicana. Contudo, as propostas de pôr fim ao tráfico negreiro e de instalar uma república democrática acabaram afastando do levante a elite agrária e enfraquecendo a Confederação do Equador.
Após meses de luta, os rebeldes não resistiram às tropas do governo, e o movimento foi sufocado em 1824. Um tribunal de justiça foi convocado por D. Pedro I, e prendeu, julgou o condenou à morte na forca os principais líderes da rebelião.

3.       Identificar os eventos nacionais e internacionais que levaram D. Pedro I a abdicar do poder em 1831:
Eventos internacionais:
·         Guerra da Cisplatina
·         Sucessão do trono de Portugal
·         Influência portuguesa na administração brasileira
Eventos Nacionais:
·         Custos da guerra
·         Atitudes centralizadoras
·         Falta de apoio político

4.       Identificar os motivos das revoltas ocorridas no Período Regencial:
Revolta do Malês:
·         Onde: na Bahia
·         Liderança: escravos e negros libertos
·         Motivação: os participantes da revolta rebelaram-se contra os maus tratos e a discriminação
·         Objetivo: exterminar a população branca ou todos aqueles que se opusessem ao movimento
·         Desfecho: as tropas do governo foram prevenidas sobre o levante, evitando que este acontecesse. Os rebeldes foram severamente punidos com execuções, prisões, torturas e deportações.
Revolta dos Farrapos:
·         Onde: Rio Grande do Sul
·         Liderança: ricos estancieiros
·         Motivação: a redução do imposto sobre o charque argentino e aumento dos impostos sobre o sal foram medidas estabelecidas pelo governo que prejudicava os pecuaristas da região da revolta
·         Objetivo: inicialmente, maior autonomia para a província. Mais tarde a proclamação de uma república, separando a província do Brasil.
·         Desfecho: após dez anos de guerra, os rebeldes e o império assinaram um acordo de paz. Os líderes foram anistiados (perdoados) e os oficiais incorporados ao exército imperial.
Cabanagem:
·         Onde: Grão-Pará (atual região norte do país).
·         Liderança: camponeses, mestiços, escravos, foragidos e trabalhadores pobres.
·         Motivação: a população vivia em condições de extrema miséria e era demasiadamente explorada pelas autoridades locais.
·         Objetivo: direito à terra; fim da escravidão e presidente da província escolhido pelo povo.
·         Desfecho: os revoltosos tomaram o poder da província, porém o governo não durou muito devido às dificuldades de administração e aos ataques das tropas imperiais.

5.       Caracterizar as leis abolicionistas e suas consequências:
Lei do ventre livre: Em 1871, a lei assegurou que filhos de escravas nascidos após aquela determinação seriam livres. Os seus donos poderiam entregá-los ao governo e receber uma indenização ou só os manteriam como escravos até completarem 21 anos.
Lei do Sexagenário: Em 1885 foi assinada a lei que dava liberdade a todos os escravos com mais de 60 anos. A lei estabelecia que os libertos deveriam trabalhar mais três anos para seus ex-senhores, para indenizá-los pelos “prejuízo”. Mais ainda, os raros escravos que conseguiam atingir 60 anos já estavam no fim de sua vida produtiva. Assim, e Lei do Sexagenário desobrigava os proprietários de sustentar os escravos idosos, que já não tinham condição de trabalhar.
Lei Áurea: Assinada em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel, regente do Império na ausência do pai, que se encontrava na Europa, libertando todos os escravos no Brasil.

6.       Relacionar a Lei Eusébio de Queiróz ao desenvolvimento industrial do Brasil:

Sob pressão da Inglaterra, em 1850, o tráfico de escravos entre a África e o Brasil foi extinto pela lei Eusébio de Queiroz. Com o fim do tráfico, houve uma série de investimentos que puderam ser destinados ao processo de modernização e desenvolvimento urbano. Fez-se, ainda, a transição para o trabalho livre, e adotou-se em larga escala a mão-de-obra imigrante europeia nas fazendas de café.
7.       Caracterizar o processo de vinda dos imigrantes europeus para o Brasil:
O primeiro empreendimento para trazer o imigrante da Europa para as fazendas paulistas de café ocorreu em 1847, com a iniciativa do senador liberal Nicolau de Campos Vergueiro. As despesas com a viagem do imigrante eram pagas pelo fazendeiro paulista. O imigrante assumia o compromisso de cultivar, colher e beneficiar o café, dividindo com o proprietário da terra os lucros com a venda do produto. Esse sistema de trabalho ficou conhecido como parceria.
O imigrante, chamado de colono, assumia a dívida contraída pelo preço da passagem, incluindo os juros de 6% ao ano, e custos com a alimentação. Diante das dificuldades de efetuar os pagamentos exigidos, e por serem em geral maltratados pelos fazendeiros, muitos imigrantes acabaram se revoltando contra seus patrões. Essas revoltas repercutiram nas relações internacionais brasileiras, e o governo italiano chegou a proibir, por alguns anos, a emigração para o Brasil.

8.       Caracterizar a Lei de Terras de 1850:
A lei determinava que as terras públicas fossem vendidas, e não doadas. E mais: a posse da terra somente teria validade após o registro nos cartórios apropriados. Não por acaso, a Lei de Terras foi votada no mesmo ano da aprovação da Lei Eusébio de Queiroz. O fim do tráfico negreiro e a entrada de imigrantes no Brasil foram vistos como ameaças ao latifúndio, que reagiu com a restrição do acesso à propriedade do solo. A terra transformou-se em mercadoria de alto preço. Na prática, os grupos que aprovavam a lei (ou seja, a aristocracia agrária) queriam garantir que o alto custo do registro imobiliário impedisse os posseiros mais pobres de obterem a propriedade plena do solo onde plantavam.

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